sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Manifesto eleitoral da Lista B

Companheira(o),

Veja o Manifesto Eleitoral da Lista B (clique aqui) candidata à eleição dos órgãos distritais do PSD Lisboa, que se realiza este sábado, entre as 16h e as 23h.

É preciso rasgar a indiferença.

É preciso votar, fazendo a diferença.

O seu voto vai decidir o partido que vai ter, em Lisboa.

Vote Bem. O Partido merce, e você também.

Obrigado
Jorge Paulo Roque da Cunha

Lista B - Listas de Candidatos


Lista Candidata à Comissão Política Distrital

 PRESIDENTE: Jorge Paulo Roque da Cunha (Oeiras)
VICE-PRESDIENTE: Paulo Ribeiro (Lisboa)
VICE-PRESDIENTE: Nuno Lebreiro (Cascais)
TESOUREIRO: Pedro Fílipe Correia (Lisboa)
VOGAL Manuel Madeira Martinho (Oeiras)
VOGAL Maria Geni das Neves (Loures)
VOGAL  Eduardo Casinhas (Sintra)
VOGAL  Luis Francisco Fernandes (Amadora)
VOGAL  João Athayde Carvalhosa (Lisboa)
VOGAL  Vitor Cardoso Silva  (Vila Franca)
VOGAL  João Carvalho (Odivelas)
VOGAL  António Pinheiro Torres (Lisboa)
VOGAL  Ana Brandão (Lisboa)
VOGAL  José Luis Tavares (Oeiras)
VOGAL  Maria do Carmo Teixeira

Lista Candidata à Mesa da Assembleia Distrital

PRESIDENTE: Maria Virgínia Estorninho (Azambuja)
VICE-PRESDIENTE: Joaquim Biancard Cruz (Mafra)
SECRETÁRIO: Carla Salsinha (Lisboa)
SECRETÁRIO: Rita Nery (Amadora)
SECRETÁRIO: José Eduardo Castela (Lisboa)

Lista Candidata ao Conselho de Jurisdição 

PRESIDENTE: José Luís Moreira da Silva (Lisboa)
VOGAL: Ana Mateus (Lisboa)
VOGAL: Sarah Corsino (Cascais)
VOGAL: Candida Borges (Lisboa)
VOGAL: Ana Cid Gonçalves (Oeiras)
VOGAL: Hermínia Azenha (Odivelas)
VOGAL: João Coelho (Oeiras)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Entrevista ao Jornal I


Jorge Roque da Cunha. “Sinto que há o perigo de os militantes do PSD se revoltarem”

Por Luís Claro, publicado em 8 Nov 2011 - 02:00 | Actualizado há 1 dia 5 horas
O candidato à distrital do PSD de Lisboa avisa que, se os militantes não forem envolvidos no debate, podem não aceitar a austeridade do governo 
Jorge Roque da Cunha falava ao telefone com Conceição Monteiro, ex-secretária de Francisco Sá Carneiro, quando o jornalista do i chegou à sede de candidatura para esta entrevista. “Pode escrever que tenho o apoio da militante número dois do PSD”, disse, entusiasmado, quando desligou o telefone. O candidato quer apresentar uma lista de apoiantes com 100 nomes – entre os 2500 militantes com mais tempo de partido – e critica a falta de debate no PSD/Lisboa. O ex-deputado acusa a distrital de se limitar a reproduzir as posições do governo, numa atitude de “subserviência”.
As distritais têm vindo a perder peso na vida política?
A influência que os militantes dos partidos têm, em geral, na condução da vida política tem vindo a diminuir, e naturalmente o peso das distritais também. É por isso que defendo a necessidade de criar condições para uma maior participação dos militantes e mais debate. As pessoas têm de sentir que a sua opinião é ouvida. O que pretendo é que a distrital de Lisboa volte a ser ouvida e considerada.
Não é considerada?
Não tem criado condições para transmitir o sentimento dos militantes de Lisboa ao governo e à direcção do partido. Limita-se a reproduzir as opiniões do governo. Esse apoio tem de ser dado de uma forma pensada, de uma forma crítica...
Se for eleito, a distrital será mais crítica em relação ao governo?
A minha atitude será exactamente igual à de Passos Coelho: dizer a verdade. E para dizer a verdade temos de pensar e debater os problemas. Se houver uma distrital forte – que consiga olhar nos olhos e sem subserviência a direcção do partido –, prestamos um melhor serviço ao PSD. O que tem acontecido é que não conhecemos as posições da distrital. Se as coisas continuarem assim, o sentimento dos militantes não chegará ao governo, nem teremos credibilidade para ajudar a explicar aos militantes muitas das medidas tomadas.
Como explicaria os cortes nos subsídios de Natal e de férias aos funcionários públicos?
Com certeza não foi uma decisão tomada de ânimo leve e não existem grandes alternativas, embora em determinadas situações tenha de haver disponibilidade para pontualmente se encontrarem soluções. Por exemplo, defendo que, havendo um casal de funcionários públicos, que tenha dois ou três filhos, deveria ser possível um deles manter um dos subsídios.
Não há alguma falta de sensibilidade social neste Orçamento?
Na situação de calamidade que o país está a atravessar é muito difícil haver alternativa e é preocupante ver algumas pessoas do PS a defender o voto contra. Não compreendo como é que o PS, tendo assinado o programa da troika, ainda põe a hipótese de votar contra.
O PS vai abster-se.
Mas ouvi várias pessoas com responsabilidade defenderem que o PS devia votar contra. Não entendo como é que algumas personalidades reputadas do PS puseram essa hipótese.
O PS quer negociar algumas questões, como os subsídios dos funcionários públicos e o aumento do IVA.
Com certeza que sim, mas temos de compreender que, se não conseguirmos atingir os objectivos definidos no programa da troika, fecha-se a torneira e não há dinheiro para pagar aos polícias, aos médicos...
Isso pode acontecer?
Vamos ter esperança que Portugal comece a exportar, que a Grécia vá pelo bom caminho... São imponderáveis muito grandes e não é fácil ter esperança neste momento, mas o papel dos políticos também é dizer que este esforço vai compensar e há-de chegar o momento em que as nossas energias vão apontar para melhorar a produtividade, para trabalharmos mais, para sermos mais rigorosos...
Não teme que aconteça o contrário e as pessoas se revoltem contra o governo, perante os sacrifícios que são pedidos para os próximos anos?
A minha sensação é que existe esse perigo e tenho sentido isso em muitos militantes do PSD. O meu objectivo é justamente pôr os militantes mais pró-activos e evitar que entrem num período de desencanto ou de depressão. Isso é o pior que pode acontecer.
Há, dentro do próprio PSD, militantes que estão revoltados com esta situação?
Há, em termos da actividade política em geral, bastante desencanto. Não é só na população, mas também nos militantes dos partidos. É por isso que, e particularmente em Lisboa, temos de os chamar para participar.
Julga que o governo tem condições para cumprir o mandato até ao fim e resistir à contestação que se prevê que vá aumentar nos próximos dois anos?
Espero que sim, para bem do país. O pior que podia acontecer era um cenário de instabilidade. O próximo ano vai ser muito difícil e basta olhar para o que está a acontecer na Grécia, mas também em Espanha ou em França. Muito provavelmente vamos ter de renegociar o programa da troika e alargar os prazos para cumprir aqueles objectivos.
Mas certamente vai haver mais pobreza e mais miséria, com o aumento do desemprego e a situação difícil em que estão muitas empresas.
Vamos passar por um tempo em que teremos de ser mais solidários. As instituições de solidariedade social são fundamentais e as autarquias também. As câmaras municipais vão ter de deixar de canalizar os fundos e os meios que têm para fazer obras e, em vez disso, apostar em ajudar as pessoas.
Já começou a pensar nos candidato para as autárquicas no distrito de Lisboa?
Ainda não chegou esse momento. Não vou fazer como os candidatos à presidência dos clubes de futebol que apresentam um treinador. Se for eleito, quero encontrar os candidatos entre um ano a nove meses antes das eleições para não aparecerem, como muitas vezes acontece, pára-quedistas a dois ou três meses da data das eleições. É importante irem para o terreno.
O que acha do nome de Santana Lopes para Lisboa?
O nome de Santana Lopes, o nome de Fernando Seara... são grandes militantes, que podem ser candidatos em Lisboa. São excelentes nomes, mas ainda não chegou o momento.
Foi muitos anos autarca em Oeiras...
Estive 20 anos na Assembleia Municipal de Oeiras e nunca transigi com a promiscuidade que existe entre o Dr. Isaltino Morais e as estruturas locais do PSD. Nunca transigi. Está nas actas das assembleias municipais.
Como vê o caso de Isaltino Morais?
É uma questão de justiça e acho que o PSD deve encontrar alguém para Oeiras que não tenha tido nada a ver com esse passado. Se o fizer, pode voltar a ganhar essa câmara.
Foi sempre um autarca acarinhado pelo PSD, até saírem as primeiras notícias na comunicação social...
E fez uma grande obra, que está à vista, mas esse facto não pode ser dissociado dos problemas de justiça que tem e eu sou apologista, aliás como o Dr. Marques Mendes sempre defendeu, que a partir do momento em que exista uma decisão judicial em primeira instância não devem ser permitidas candidaturas a cargos políticos.
Essa proposta chegou a ser aprovada no parlamento, mas o processo legislativo acabou por ser interrompido.
Infelizmente. Eu até sou mais radical e acho que existindo suspeitas fundadas,  e a bem da transparência, não devem ser permitidas candidaturas a cargos políticos. Havendo suspeitas sérias, claro.
Duarte Lima foi presidente da distrital de Lisboa e recentemente foi acusado pelas autoridades brasileiras de homicídio. Ficou surpreendido?
É muito triste, mas só me dá mais força para lembrar pessoas como o António Pinto Leite, o José Miguel Júdice ou o Pedro Santana Lopes. Só para dar alguns exemplos de presidentes que deram voz à distrital. Foram pessoas que tinham uma credibilidade inatacável e uma forma de intervenção política que criava as condições para a existência de debate. Há uma grande falta de debate no PSD/Lisboa nos últimos anos. As pessoas não conversam, só estão juntas esporadicamente para discutir as listas.
Não quer comentar o caso de Duarte Lima?
Tudo isso me confrange e deixa muito triste, mas faz-me ter mais força para lembrar os bons exemplos que a distrital de Lisboa já deu.
Há várias pessoas ligadas ao cavaquismo que estão sob suspeita de envolvimento em negócios nada transparentes. É uma coincidência?
Houve centenas de pessoas que estiveram ligadas ao cavaquismo. Também estiveram ligadas ao cavaquismo pessoas como Fernando Nogueira ou Marques Mendes. É evidente que situações dessas não são agradáveis e a justiça deve seguir o seu curso e deve ser célere.
Não atinge a imagem do PSD?
Não. O PSD tem muita gente. Atinge o PSD como atinge, em geral, a classe política. Esses exemplos devem obrigar-nos a ser mais exigentes e a não trocar as convicções por conveniências. É o que tenho feito e na política tem de ser assim.